Desde o início do século XX, quando os primeiros carros foram produzidos em massa, a segurança no trânsito tem sido uma questão importante. À medida que o número de veículos nas estradas aumentou, também cresceu o número de acidentes de trânsito. As tecnologias de segurança, como o airbag e os cintos de segurança, foram desenvolvidas ao longo dos anos. No entanto, foi apenas com o advento dos testes de colisão que a segurança dos veículos pôde ser verdadeiramente avaliada.

A história dos testes de colisão começou em meados dos anos 1930, quando a General Motors fez alguns testes de impacto para avaliar a segurança dos automóveis. No entanto, esses testes iniciais eram limitados e não havia um padrão para avaliar a segurança dos veículos. A crescente preocupação com a segurança no trânsito nas décadas de 1950 e 1960 levou as montadoras a realizar mais testes de colisão. Mas foi apenas em 1979, quando o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) dos Estados Unidos criou o teste de colisão frontal padronizado, que as coisas começaram a mudar.

O teste de colisão frontal padronizado agora usado consiste em um veículo que viaja a 56 km/h colidindo contra uma barreira sólida. O teste avalia a capacidade da carroceria do veículo, os cintos de segurança, os airbags e os encostos de cabeça para proteger os ocupantes do veículo em caso de colisão frontal. Montadoras que oferecem carros com melhores resultados de testes de colisão são vistas como mais seguras.

Os testes de colisão ajudaram a reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de trânsito. Em 1979, o número de mortes relacionadas a acidentes de trânsito nos Estados Unidos era de 51.093. Em 2019, esse número caiu para 38.800, apesar do aumento na quantidade de veículos nas estradas. Esse declínio é resultado de muitos fatores, incluindo melhores estradas e infraestrutura rodoviária, melhor treinamento de motoristas, leis mais rígidas e, claro, veículos mais seguros.

Hoje em dia, os testes de colisão são realizados em muitos países ao redor do mundo. O Euro NCAP (European New Car Assessment Programme) é um programa europeu de avaliação de carros novos e resulta em uma pontuação de segurança de cinco estrelas. Montadoras competem para oferecer carros que atinjam essas pontuações máximas de segurança. Na América Latina, existe o Latin NCAP, que utiliza um sistema semelhante e classifica os carros em estrelas.

Apesar dos avanços significativos na segurança dos veículos nos últimos anos, ainda há muito a ser feito. Os fabricantes precisam continuar a desenvolver tecnologias de segurança mais avançadas para proteger os motoristas e passageiros em caso de uma colisão, incluindo sistemas de detecção de pedestres, sistemas de assistência de permanência na faixa e frenagem autônoma. A segurança no trânsito e a proteção do meio ambiente são duas das questões mais críticas que a indústria automotiva enfrenta atualmente.

Em resumo, a história dos testes de colisão é uma história de sucesso. Os testes de colisão ajudaram a melhorar a segurança dos veículos e reduzir significativamente o número de mortes e lesões em acidentes de trânsito. Mas a segurança no trânsito ainda é uma luta constante, e a indústria automotiva precisa continuar a se esforçar para melhorar ainda mais a segurança dos veículos e reduzir o impacto ambiental dos carros.